Acordei assim hoje: com uma sensação boa no peito, uma felicidadezinha que se aninhou em mim e aqui permanece, já adormecida, pelo tempo que quiser. Hoje eu levei o dia com tanta facilidade que nem as chateações habituais não me chatearam, apenas olhei para todas elas com um sorriso cheio de ânimo e uma cara de "É isso mesmo? Não ligo não". Quer coisa melhor?

     Hoje eu não me dei ao direito de entristecer, muito pelo contrário, só me alegrei mais a cada momento. Liguei para alguns dos meus amigos para dizer que gosto deles e que estou com saudades, porque é isso que a gente deveria ter mais coragem de fazer. Ficaram felizes ao saber e eu mais feliz ainda por ter as amizades que tenho.

     Hoje eu vivi só comigo e vivi muito bem por sinal, obrigado! Escutei minhas músicas preferidas e elas tocaram e me tocaram de um jeito bonito como nunca havia acontecido antes. Até as conversas comigo mesmo hoje foram divertidas.

     E agora o dia chegou ao fim e essa felicidade já está se esvaindo, eu não queria, mas ela está e não há nada que eu possa fazer. Continuo agora com a minha felicidade habitual, mas não é a mesma coisa, não é a mesma sensação. Essa felicidade é aquele tipo de coisa que vem de repente e te pega desprevenido mas não quer ficar para o jantar por mais que você insista, sabe? Agora ela vai embora e, enquanto ela não volta, eu fico aqui só com a satisfação e mais uma saudade guardada no bolso da camisa perto do coração.

Seu amigo desconhecido.