Aprenda a deixar ir

12:31:00


     Hoje eu quero falar sobre algo que a gente costuma fazer, mas não devia: prender aquilo que temos. É, você faz isso, eu faço e nossos conhecidos também, mesmo que muitos deles ou nós não percebamos. É a mania de querer segurar mais do que as mãos são capazes.

     A gente tem medo de perder, quer construir um castelo sem ter que deixar algum tijolinho do lado de fora, mas não é assim que funciona. Se for pra construir, tem que ser com o que vai ser útil, não com tudo o que você acha pelo caminho, pois se assim for, você construirá algo: um amontoado cheio de nada. Quando a gente estabelece uma meta, ao longo do caminho certamente teremos que deixar uma porta, uma janela e outras tantas coisas mais para trás, porque tem item que querendo ou não é só peso morto. Será que tudo o que você leva vale a pena?

     E uma hora as coisas precisam ir, você precisa aceitar. Relacionamentos acabam e pessoas se vão, demissões acontecem e aquela sua versão anterior uma hora se torna passado e você não se vê mais nela. É assim, uma sucessão de despedidas. Mas não é porque se foi que não deu certo, pense comigo: é melhor deixar que o que você tem siga seu próprio caminho, se assim tiver que ser, do que prendê-lo de uma forma que aquilo seja seu, mas porque não há outra opção.

     E eu sei que é difícil, sim, mas não dá pra forçar o que já não é mais. Uma hora teremos que aprender a deixar ir pra que possam ficar apenas o que nos será necessário para o agora, até que essas coisas também precisem ir. Não carregue portas e janelas acorrentadas nas costas porque um dia elas te proporcionaram algo; se você não precisa mais delas, solte-as, deixe que fiquem pelo caminho e siga o seu. Pode ser que alguém por aí esteja precisando encontrar justamente esses itens.


Seu amigo desconhecido.

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2 comentários

  1. Sabe, esse texto traz muitas verdades. Falando por mim, sou uma pessoa extremamente acumuladora. Eu acumulo papéis, contas, grampos de cabelo, lembrancinhas de festas, livros, matéria pra estudar, amores antigos, decepções, roupas, embalagens de shampoo...Enfim acho que tu já entendeu. E isso acontece porque eu enxergo um valor único pra tudo. Eu realmente acredito que nada na nossa vida acontece por acaso. As situações que vivemos tem um real propósito. Seja qual for, sempre tem.
    Saber deixar ir é uma questão de adquirir maturidade, é saber sentir saudade e ter a sabedoria de que as vezes o melhor é ficar Apenas com a saudade mesmo. É olhar as decepções e no meio de todo o caos encontrar uma forma nova de se recuperar e se reinventar. Tudo nessa vida passa, tudo se ajeita e todos temos bons e mais momentos. Acho que quando entendemos isso, vamos conseguir de fato Deixar Ir!

    Parabéns por esse texto viu ❤❤

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  2. Obrigado, Paula!
    Gostei muito do seu comentário! Deixar ir é realmente uma questão de maturidade, pois por mais que gostemos muito de algo que temos, seja isso um momento ou um bem material, uma hora percebemos que não dá pra guardar tudo pra sempre, porque o caminho natural que as coisas tomam é o da partida.
    Aquilo que vivemos de fato é valioso, mas temos que começar a guardar as nossas histórias na lembrança e no coração ao invés de num baú empoeirado.

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Você não pode – e nem precisa – saber quem eu sou, assim como você não precisa se revelar para mim, a menos que queira, é claro. Aqui eu escrevo não só para você mas também em grande parte para mim mesmo, afinal de contas, todo mundo precisa desabafar, e talvez esse seja o jeito que encontrei pra mim, então procure me entender assim como eu tentarei entender você caso queira.

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