Não deixe que a originalidade morra

12:15:00


     Hoje talvez eu fosse falar um pouco sobre amor, ou sobre a vida, mas do nada mudei de ideia e não vou mais. Hoje eu vou falar sobre você. Te surpreendi? Pois bem, essa era mesmo a intenção: falar sobre o que você não estava esperando.

     Estive pensando no quanto nós nos programamos, no quanto temos tudo marcado pra acontecer e sabemos pra onde devemos ir e o que devemos fazer. É tudo tão certeiro que não sobra nem uma brecha se quer pra poder mudar de rota, pois esta já está traçada e nós já estamos em um trem em movimento. E o pior nem é isso, mas sim o fato de, na maioria das vezes, estarmos ali porque nós mesmos nos colocamos.

     E é tudo tão chato, não acha? Sempre saber de tudo, ou pelo menos achar que sabe. Porque a gente não se assusta mais, não diz ser a primeira vez em que algo acontece na nossa vida e não se desespera por não estar esperando, porque sempre estamos. É como aquele filme clichê que todo mundo já sabe o final. Algumas pessoas desistem antes disso, se levantam da poltrona e vão em busca de algo melhor, você fica e aguenta até a ultima cena mesmo sabendo como vai acabar?

     O que está acontecendo é a morte da originalidade, da espontaneidade. Não sabemos mais ser, pois antes disso temos que pensar em como ser. Mas isso não deveria ser algo pra se planejar, não era pra funcionar assim. Hoje já é comum que pensemos por horas antes de responder uma mensagem que alguém nos envia; pra que dê tudo certo, mesmo que estejamos fazendo da maneira errada.

     Mas sempre há tempo pra mudar. Abra o peito e deixe sua essência transbordar, não vai ser tão ruim assim. Faça planos quando de fato for necessário, mas não se deixe virar apenas mais um "plano de sucesso" em sua própria vida. Seja alguém que as pessoas gostariam de conhecer, seja alguém que você gostaria de conhecer. Não deixe que a originalidade morra.


Seu amigo desconhecido.

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2 comentários

  1. Simplesmente incrível a forma como tratou o assunto. Tenho certeza que fez não somente a mim, como a muitos que leram esse post refletirmos sobre o clichê que acabamos por tornar a nossa vida. Uma bela sugestão para repensarmos o nosso viver!

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  2. Olá, Amilton!
    Que bom que gostou do texto! Fico feliz em saber que de alguma forma fiz a diferença e pude te ajudar!

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Você não pode – e nem precisa – saber quem eu sou, assim como você não precisa se revelar para mim, a menos que queira, é claro. Aqui eu escrevo não só para você mas também em grande parte para mim mesmo, afinal de contas, todo mundo precisa desabafar, e talvez esse seja o jeito que encontrei pra mim, então procure me entender assim como eu tentarei entender você caso queira.

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