É pessoal, chegamos ao fim mais uma vez. Estamos na reta final de muitos episódios, de muitos momentos e sentimentos, estamos no fim de muitos fins, e logo mais iremos recomeçar outra vez, mas sempre de maneiras diferentes.

     Dessa vez pode acontecer tanta coisa quanto já aconteceu nas nossas tentativas anteriores de chegar a algum lugar. Pode ser que nos mudemos, de casa ou de jeito de pensar, pode ser que falemos, o que realmente achamos ou o que o mais vai agradar, ou pode ser que sintamos, a felicidade e a tristeza de uma vez só e de maneira igual. Pode ser que seja, pode ser que não. É a hora do "pode ser".

     Talvez nesse recomeço nós sintamos que alguma coisa temos que mudar, mas não para agradar a terceiros, nem para disfarçar outros impedimentos, mas sim só por mudar, por querer ser mais, e por querer se agradar. Quem sabe nesse ano não nos lembremos que estamos bem aqui em primeiro lugar, que somos alguém legal e interessante à própria maneira e que devemos querer ser amigos de nós mesmos?

     Será que agora a gente vai conseguir cumprir com o combinado de aceitar as perfeitas imperfeições que a vida nos dá de presente? Já deu de ficar contra ela e achar que a vida só nos fode. Não é assim. A vida não tem obrigação de ser bonita para ninguém e geralmente não vai ser mesmo, e não é porque fazemos birra que ela vai mudar de ideia ou de rumo. Ao invés de esperar só as melodias desejadas vamos aprender a dançar todos os ritmos que a vida coloca para tocar em seu rádio imaginário; todos saem ganhando.

     E claro, que possamos errar, acertar e aprender a amar direito, a não querer ser dono de ninguém e, principalmente, aceitar as coisas quando elas tem que ser ou não, afinal de contas, se for bom ou ruim, não é o fim do mundo e também não é para sempre. Vamos brindar a tudo que está por vir, vamos brindar às novas possibilidades, e que seja o que tiver que ser e não o queremos que seja.

Seu amigo desconhecido.