Esse texto é especialmente pra aquela pessoa que sente que as coisas só acontecem com ela, sejam essas coisas boas ou ruins. É pra tentar relembrar aquilo que por vezes esquecemos, aquilo que está sempre ao nosso redor mas não vemos. Se você conhece alguém assim, chame pra ler, mas se você for essa pessoa, vem cá, vamos conversar.

     É muito fácil ver apenas o próprio umbigo e quase todo mundo age dessa maneira sem perceber, por isso não é tanta culpa nossa assim, mas veja bem, ainda temos a nossa parcela de participação. Isso porque em muitos dos casos nos damos conta do que estamos fazendo e que agir assim não é certo, mas continuamos seguindo no mesmo caminho. Estou falando de quando nos achamos exclusivos demais e vendemos para o mundo a ideia de que só nós vivemos momentos melhores que os das outras pessoas. É como se fôssemos aquela criança que é a única do grupo que tem um brinquedinho diferente.

     E assim fazemos dos nossos sentimentos os extremos, como se eles já não fossem naturalmente assim. Parece que tudo é com a gente: as bads são tempestades que nunca outra pessoa viva encarou e as alegrias são mais brilhantes que ouro. Ninguém pode comparar sua própria história com a nossa, pois o que acontece com a gente é sempre mais, é sempre grande, é sempre único. E é verdade mesmo!

     Mas o que é deixado mas não devia ser é que não é só você que fica muito triste ou muito feliz, assim como também não é só você que tem dias ruins e dias bons. Todo mundo passa por isso a todo momento, inclusive agora, mas o que muda é que cada um tem o seu próprio momento e ele é sempre único. Talvez se víssemos o outro que está logo ali com um pouquinho mais de atenção, entenderíamos que apesar de estarmos em um barco pequeno, navegamos pelas mesmas águas que muita gente.

Seu amigo desconhecido.